Fábrica Aleluia

Em Fevereiro de 1905 um grupo de operários - João Bernardo Júnior, António de Lima e João Gonçalves e irmãos João Aleluia e Feliciano Aleluia - provenientes de vários sectores da Fabrica Fonte Nova, fundaram uma nova empresa denominada por Fábrica dos Santos Mártires, mais tarde conhecida por Fábrica Aleluia, localizada no Largo dos Santos Mártires, fora do espaço urbano, mas perto dos canais. Apesar de se instalarem por conta própria, mantiveram sempre relações de amizade com a Fábrica da Fonte Nova. A produção tinha como base louça de uso comum e utilitária. Contudo, dada a conjuntura económica, a sociedade foi dissolvida em 1906, ficando apenas João Aleluia com a empresa, tendo os restantes continuado como operários.

Até 1917, a fábrica manteve-se no mesmo local, mas dada a procura crescente, o espaço tornou-se pequeno, pelo que, João Aleluia nesse mesmo ano adquiriu uma propriedade na Rua da Fonte Nova, em frente da fábrica da Fonte Nova, para novas instalações. Em 1918, a empresa já se encontrava apta para entrar na concorrência. Os filhos de João Aleluia tomaram conta da empresa, entrando assim no domínio do mercado. Da produção fizeram parte os artistas atrás referidos, bem como Gervásio Aleluia, um dos filhos de João Aleluia, que era mestre de artistas e professor de artes na Escola Industrial, atrás referida.

O azulejo ganhou uma grande prosperidade durante a época da Fábrica Santos Mártires. A par da cor azul sobre o branco, utilizavam também a cor sépia, tendo contudo preferência pelo azulejo policromo, competindo com a Fábrica da Fonte Nova, bem como com as fábricas do norte.

Fonte:  https://mercadoantigo.weebly.com

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